Hoje, com uma bebê de quatro meses em casa, quando tento buscar uma palavra que defina minha gravidez encontro apenas essa: MARAVILHOSA. Mas pensando melhor, não é bem assim.
O primeiro sintoma que senti foi sono. Mas muito sono mesmo. O meu maior prazer era dormir. E isso foi por uns bons meses – para não dizer a gestação inteira. Algumas semanas depois, os meus seios começaram a doer, uma dor muito maior do que na TPM, daquelas que não me deixava nem tocar no meu peito, e os mamilos começaram a se transformar, como num passe de mágica. Os seios aumentam numa velocidade insana também.
Aliás, não sei se alguma mulher está preparada para as mudanças que estão por vir. Eu não estava. Foi assustador ver o meu corpo mudar. De roupa, demora muito para que as pessoas percebam as mudanças. Mas para quem está acostumada a se ver no espelho, as mudanças progressivas assustam.
A barriga começou com um calinho ali pelas 18 semanas. E acreditem: eu achava enorme. Mas as pessoas que não me conheciam direito só perceberam que eu estava grávida umas 10 semanas depois. O corpo fica diferente. Como se a gente estivesse acima do peso, meio grávida, meio gordinha, mas só na barriga. Acho que muito porque tive a sorte de não engordar muito.
Engordei 9,5kg no total. No início da gravidez procurei uma nutricionista especialista em amamentação porque sempre sonhei em amamentar. E hoje sei que essa foi a decisão mais acertada que poderia tomar, já que tive problema com empedramento do leite logo que deixei o hospital e a consultora em amamentação foi fundamental para eu conseguisse amamentar exclusivamente. Mas não só por isso. Comi de maneira saudável durante toda a gravidez e não precisei tomar vitamina nenhuma para ter a minha filha de maneira saudável para nós duas. Além do presente de perder 8kg já na primeira semana após o parto.
A reta final da gravidez também é uma loucura. Lá pelo sétimo mês comecei a sentir dor no bumbum, como se eu tivesse caído. E só depois de uns dias que me dei conta que provavelmente era meus ossos alargando para a chegada da minha guriazinha. No último mês brincava com minha obstetra que não conseguia nem caminhar com as pernas fechadas, parecida que a bebê nasceria a qualquer momento. Sentia muita pressão mesmo. Mas fui acalmando a minha ansiedade e a Maria Manoela nasceu na hora certa com 38 semanas e 6 dias, por cesária.